O que é o exame de campo visual?
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Nesse conteúdo, eu vou lhe explicar o que é o exame de campo visual ou perimetria, muitas vezes chamado de campo visual ou de perimetria computadorizada.
Antes de começar, eu vou me apresentar. Eu sou o Dr. Honassys, sou médico oftalmologista e diretor da Clínica do Olho.
Para você entender o que é o exame do campo visual, vamos entender primeiro o que é o campo visual.
Quando a gente olha em um objeto com bastante atenção, nós observamos os detalhes daquele objeto.
Essa é a visão mais central que nós conseguimos enxergar, com bastante detalhe.
No entanto, se nós focalizarmos nossa atenção para a área periférica desse mesmo quadro, nós iremos perceber que existem várias outras informações.
Claro que sem tanta nitidez comparando com a área central dessa mesma imagem.
O olho humano é capaz de enxergar uma amplitude muito grande a partir desse 180 graus quando nós olhamos para frente.
Quanto mais periférica é a visão, maior e mais intenso tem que ser o estímulo para que nós possamos enxergar o que entrou em nosso campo de visão.
Nós enxergamos com a certa nitidez até 120, 130 graus de amplitude na horizontal e também na vertical.
E quando nós temos uma atenção a um objeto essa área mais central de 2 graus, de 10 graus ela tem uma nitidez muito maior do que a periferia da imagem.
O exame de campo visual ele mede como se encontra o nosso campo de visão através de algumas técnicas.
Existem basicamente três.
A primeira é um campo chamado de confrontação no qual o médico ou um outro examinador examina o paciente oferece ali alguns objetos para que o paciente enxergue saindo de fora para dentro e ele faz uma anotação no prontuário.
Essa é uma medida bem básica e bastante válida quando você não tem acesso aos equipamentos adequados para fazer a medida.
Esses equipamentos, e vamos para os outros dois tipos, eles são do tipo manual, campo
visual ou perímetro manual e o campo visual ou perímetro computadorizado.
A diferença basicamente é que no campo manual, o médico ou o examinador técnico ele coloca manualmente o estímulo da periferia em direção ao centro e faz uma anotação de acordo com a informação que o paciente fornece.
No campo computadorizado, essa informação, esse estímulo luminoso, ele é apresentado em diferentes locais, com diferentes intensidades no perímetro, no aparelho, naquela cúpula.
E é importante para que a precisão desse exame seja máxima, é que essa cúpula seja equidistante, ou seja, o estímulo colocado mais na periferia, ele deve ter a mesma distância do olho em relação ao estímulo colocado no centro.
Então, quanto mais existir a cúpula de uma maneira adequada e com um banco de dados confiável para que se possa comparar a sensibilidade de cada ponto, mais preciso vai ser esse exame.
E dentre esses exames de perimetria computadorizada, hoje o mais famoso, o mais aceito na comunidade médica é o do tipo Humphrey.
E talvez o grande diferencial desse aparelho seja o seu banco de dados, que ele é bastante conhecido entre os oftalmologistas praticamente no mundo inteiro.
Eu vou falar um pouco mais sobre o campo visual computadorizado.
Nós temos basicamente três áreas de medição do campo visual. Os 30 graus centrais os 24 graus ou os 10 graus centrais.
E aí normalmente na solicitação médica essa identificação é feita colocando como 30 2 ou 24 2 ou 10 2.
Normalmente os médicos que solicitam esses exames são médicos oftalmologistas neurologistas e eventualmente médicos clínicos.
Eu vou dar alguns exemplos de algumas doenças que podem afetar o campo visual.
A primeira é a DMRI, a degeneração macular relacionada à idade.
É uma doença que afeta a retina e afeta a visão central.
Então, nessa condição, usualmente o médico oftalmologista solicita o exame do tipo 10-2 ou o teste macular, porque a visão afetada é a visão central.
E aí, o quanto essa visão central é prejudicada pode ser de fato, isso medido através da perimetria computadorizada da área central da visão, geralmente o do tipo 10-2.
Segunda doença é o glaucoma.
Então nós medimos normalmente os 24 graus centrais por uma questão de praticidade, um exame mais confortável do que a medida dos 30 graus centrais.
Teoricamente, quanto maior essa amplitude feita, mais preciso para o diagnóstico de glaucoma é este exame.
No entanto, é um exame cansativo.
Eu já fiz esse exame e, de fato, a pessoa precisa estar ali concentrada. É um exame chamado de psicofísico, precisa da informação do paciente.
É apresentado um estímulo luminoso e toda vez que nós enxergamos aquele estímulo, nós devemos apertar um botão.
O aparelho emite algumas vezes um som para fazer
o teste do chamado falso positivo e do falso negativo, que são indicadores da qualidade daquele exame.
E por último, nas doenças neurológicas, são muito famosas alterações conhecidas como hemianopsias, que existem alguns tipos e essa análise, inclusive, ela é muito prazerosa de ser feita porque nós comparamos ali a visão, o campo visual dos dois olhos e a depender, inclusive, da combinação das informações, nós até podemos localizar aonde se encontra a lesão a nível cerebral.
E você, tem algo a compartilhar conosco com a sua experiência?
Se eventualmente você já fez um campo visual?
Você tem dúvidas a respeito de doenças oculares?
Coloque pra gente aqui nos comentários.
A gente vai ter uma máxima satisfação de elaborar um novo conteúdo.
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Então assine e compartilhe com uma pessoa que tem DMRI, glaucoma ou alguma doença neurológica.
A visão é o sentido mais importante do ser humano.
Um grande abraço e até a próxima!
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