top of page

Glaucoma

Glaucoma é a perda progressiva das fibras do nervo óptico, uma doença ocular causada principalmente pela elevação da pressão intraocular que provoca lesões no nervo e, como consequência, perda da visão periférica de forma contínua até atingir a visão central e a consequente cegueira, se não for tratado adequadamente.
 
Há várias formas de apresentação glaucoma. O principal é o glaucoma de ângulo aberto, o qual representa 3 a cada 4 dos casos, incide nas pessoas acima de 40 anos e pode ser assintomático.

O glaucoma de ângulo fechado ocorre em 1 a cada 4 pacientes com glaucoma. Neste tipo de glaucoma é mais frequente o sintoma que pode variar desde dor até olho vermelho. O glaucoma de ângulo fechado é o tipo que mais cega nos dois olhos. Ele é causado por uma alteração anatômica na região do ângulo da câmara anterior, que impede a saída do humor aquoso e aumenta a pressão intraocular.

A principal característica do glaucoma de ângulo fechado é o aumento súbito de pressão intraocular. Os picos de pressão podem ser recorrentes.
 
O glaucoma congênito, forma mais rara, acomete os recém-nascidos. O glaucoma secundário ocorre quando uma outra doença causa o glaucoma, há exemplo de diabetes, uveítes, traumas, cataratas, etc.

GU2A0065.jpg

Sintomas
 

Glaucoma é uma doença assintomática no início. A perda visual só ocorre em fases mais avançadas e compromete primeiro a visão periférica. Depois, o campo visual vai estreitando progressivamente até transformar-se em visão tubular. Sem tratamento, o paciente fica cego.

De modo geral, a doença aparece com mais frequência a partir dos 40 anos, mas pode ocorrer em qualquer faixa de idade, dependendo da causa que provocou a pressão intraocular mais elevada.
 

 

Tratamentos
 

 O glaucoma pode ser tratado com uma variedade de medicamentos, geralmente em forma de colírios, lasers e cirurgias. Os tratamentos a laser são os seguintes:

1) Trabeculoplastia Seletiva a Laser (SLT);

2) Trabeculoplastia com Laser de Argônio (ALT);

3) Iridotomia;

4) Gonioplastia ou Iridoplastia.

 

Para a indicação da melhor medicação ou técnica é importante conversar com seu médico oftalmologista. O tratamento inicial pode ser realizado com laser ou com colírio. Alguns casos podem ser acompanhados de tempos em tempos sem ter intervenção medicamentosa.

Responsável: Dr. Honassys R Rocha Silva - https://www.researchgate.net/profile/Honassys_Silva

Informações aos pacientes com diagnóstico de glaucoma

A principal causa da cegueira irreversível no Brasil é o glaucoma, mas a falta de dados estatísticos e epidemiológicos confiáveis dificulta a avaliação real da extensão dos problemas visuais da nossa população.

Segundo a Organização Mundial da Saúde OMS, existem 65 milhões de glaucomatosos em todo o mundo, sendo que, a cada ano, surgem mais 2,4 milhões de casos. A prevalência de cegueira por glaucoma é de 5,2 milhões de pessoas, representando a segunda causa de cegueira no mundo.

Os procedimentos a laser mais usados no tratamento do glaucoma são os seguintes:

1) Trabeculoplastia Seletiva a Laser (SLT ou TSL);

2) Iridotomia;

3) Gonioplastia ou Iridoplastia;

4) Ciclofotocoagulação com laser transescleral micropulsado.

Trabeculoplastia Seletiva a Laser (SLT ou TSL):

Alguns estudos recentes indicam que um procedimento a laser conhecido como Trabeculoplastia Seletiva a Laser (TSL ou SLT), pode ser tão eficaz quanto os colírios para diminuir a pressão intra-ocular. Este procedimento pode ser considerado um tratamento primário, particularmente para pessoas que têm dificuldade para cumprir o cronograma, rigoroso e necessário na utilização do colírio.

 

O SLT/trabeculoplastia seletiva a laser é um procedimento efetivo, seguro, não invasivo, realizado em consultório e sem a necessidade de anestesia ou internação. Foi introduzido no Consenso de Glaucoma Primário de Ângulo Aberto da Sociedade Brasileira de Glaucoma, o que significa que o procedimento passou a ser reconhecido e indicado pela instituição e promete ser uma alternativa para os altos custos e efeitos colaterais que levam muitos pacientes de glaucoma a suspender o tratamento com colírios, oferecendo uma nova possibilidade do controle da pressão intra-ocular. Além disso, o tratamento pode ser repetido.

 

Apesar de não ser necessário nenhum preparo especial para a realização da trabeculoplastia a laser nem repouso após o mesmo, o SLT não está indicado nos casos muito avançados nem nos casos onde é necessária uma rápida redução da pressão intra-ocular, pois a estabilização da mesma ocorre apenas no intervalo de 1 a 6 semanas. Também é contraindicado em casos de glaucomas de ângulo fechado ou provocados por trauma. No entanto, na maioria dos casos de glaucoma este laser pode ser indicado.

Para os casos de glaucoma de ângulo fechado existem as técnicas clássicas de iridotomia e iridoplastia (gonioplastia).

Neste vídeo estão informações gerais sobre o SLT:

É possível tratar glaucoma sem uso de colírios? 

Ciclofotocoagulação com laser transescleral micropulsado:

A Ciclofotocoagulação com laser transescleral micropulsado é uma técnica usualmente empregada quando no passado já foram utilizados os tratamentos convencionais e, mesmo assim, há a progressão do dano glaucomatoso. A técnica é feita sob anestesia local e algumas vezes com sedação, devido a possibilidade de dor. A função do laser é reduzir as células produtoras do líquido da pressão ocular, o humor aquoso. Após a aplicação pode ser necessário o ajuste no uso dos colírios anti-glaucomatosos, podendo inclusive haver a redução do número de medicações.

No vídeo a seguir, há uma explicação sobre os 4 tipos de laser mais frequentemente utilizados no tratamento do glaucoma.

Iridotomia Profilática a Laser 

Iridoplastia ou Gonioplastia

bottom of page